segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

PARE, PENSE E MUDE




Diante dos torvelinhos de pensamentos e atitudes nossas e perante os aturdimentos que nos acomete no nosso dia a dia, é que deveríamos criar um momento de lucidez e tentar desnovelar o emaranhado que se tornou a nossa vida.

É bem verdade que no ápice do distúrbio, nossa mente parece que fica anuviada. Parece que uma névoa densa nos impede de perceber o que estamos falando e o que estamos fazendo.

É comum diante de tal situação, nos sentirmos num beco sem saída.

O único movimento que fazemos é o de buscar pessoas que, como nós passam pelo mesmo sofrimento.

Entramos, daí por diante, num ciclo interminável do qual relutamos para sair.

Sem percebermos, não conseguimos detectar que nessa “ajuda” que buscamos, muitas vezes, recorremos a pessoas tão desequilibradas ou mais do que nós mesmos. 

Esse suposto “socorro” que esperamos, via de regra, nos deixa mais aturdidos ainda.

 Como um desequilibrado pode ajudar outro?

O bom senso seria, buscarmos auxílio com quem tem o histórico de cura ou equilíbrio e, tentar colocar em prática o que foi bom para outro.

Infelizmente não é isso que fazemos. Geralmente teimosamente fazemos uma lista de perguntas justamente para quem sofre igual ou mais do que a gente.

Como esperar cura assim?

Nesse tempo todo de “doença” e observação, tenho percebido que os que se equilibram são aqueles que buscam mudar suas atitudes com relação ao distúrbio. Aqueles que enfrentam e que procuram interpretar e analisar tudo de uma forma racional, e, a partir daí, tomar uma postura diferente perante a doença psicológica.

Contrariamente a isso percebo também, que aqueles que assumem uma postura de medo de conformismo, sem buscar alternativas novas e sem enfrentamentos, tendem a entrar no ciclo da doença, com medos, dores, sintomas e crises, indefinidamente.

Agora, cabe a cada um analisar o que é bom para si ou não.

Existem aqueles que não querem se arriscar. Esses talvez precisem de mais algum tempo para entenderem essas verdades. Ou pode ser que nunca consigam ou queiram entender.

Cada um é responsável por sua saúde e por seu equilíbrio. Essa é a verdade que poucos admitem.

Pensemos nisso.

Cláudio.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

CONTRASSENSO

 


Não somos obrigados a crer nos diagnósticos médicos, mas, pagamos um preço alto em não admitirmos o distúrbio psicológico que nos aturde.

Não é necessário aceitarmos a opinião de alguém que já se equilibrou ou até mesmo se curou, mas a vida nos cobrará pela teimosia de acreditarmos só no que temos como verdade em nossa mente.

Não precisamos escolher os assuntos e as pessoas com quem conversamos, mas certamente, a qualidade do que falamos e a positividade das pessoas que interagem conosco, farão uma diferença crucial no nosso equilíbrio.

Esses e muitos outros comportamentos nossos, bastariam para atestar que somos portadores de um desequilíbrio psicológico.

Na contramão da racionalidade, negamos e desacreditamos da ciência e orientações médicas, mas, passamos longas horas “consultando” via redes sociais, pessoas desconhecidas que, na maioria das vezes, estão tão destrambelhadas como nós, ou até mais. 

Queremos a cura, mas não acreditamos na medicina.

Queremos o equilíbrio, mas não persistimos nas terapias.

Enfim, o nosso comportamento é o "atestado da nossa doença".

A questão então é a seguinte: até quando vamos viver assim? Quando daremos uma guinada em nossas vidas?

Quando iremos mudar?

Pensemos nisso.

Cláudio.







quinta-feira, 9 de novembro de 2023

O CAMINHO TORTUOSO DA CURA


 O próprio distúrbio, por sua natureza, nos faz querer e insistir em resultados de cura imediata.

Sem percebermos essa nossa sofreguidão em busca do equilíbrio nos joga ainda mais, dentro do processo de ansiedade que estejamos vivenciando.

Não nos iludamos. O processo de cura é lento.

Não dependerá somente da nossa disciplina no uso de remédios e terapias, sejam eles quais forem.

Oitenta por cento ou mais da cura estará ligado à nossa mudança interior. Na nossa forma de aceitar e encarar o desarranjo da mente de que somos portadores.

A coisa vai muito além do tratamento medicamentoso, terapêutico ou até mesmo de nossas crenças religiosas.

A percepção de que a responsabilidade da cura e do equilíbrio, é nossa. Já é um primeiro passo.

O grande obstáculo talvez seja aceitarmos isso como verdade.

Aí talvez esteja o grande entrave para atingirmos o que desejamos. É admitirmos que somos os artífices da nossa cura ou da nossa doença.

Até chegarmos nesse entendimento, isso quando chegamos, muito tempo terá se passado.

Infelizmente, a grande maioria terceirizam sua cura. Esperam milagres. Querem que tudo se resolva como num passe de mágica.

Na verdade, a "doença" nos solicita movimento, ação, mudança e paciência.

O caminho é longo e sofrível, eu sei. Mas para quem realmente busca a cura e o equilíbrio, não tem outra forma.

É pagar pra ver. Ou não!!!

Pensemos nisso.

Cláudio



quarta-feira, 8 de novembro de 2023

O MELHOR REMÉDIO

 

Pensemos juntos.

Imaginem quantos remédios já tomamos nesse tempo de "doença" que temos.

Antidepressivos, calmantes, ansiolíticos, etc.

Agora nos perguntemos com sinceridade, a nós mesmos: "Estamos curados?"

Independente da resposta de cada um, uma coisa é certa. Os remédios nos ajudam, e muito. Nos dão aquele equilíbrio temporário e necessário, para que aprendamos a lidar com o distúrbio que nos acomete.

Esse período de relativa "cura" serve para nos auto analisarmos, verificarmos se está tudo normal com relação a parte física.

Chega um momento que esses fármacos, já não fazem os efeitos esperados. O que nos torna contumazes frequentadores de consultórios, laboratórios e farmácias.

Nesse momento devemos assumir as rédeas da situação, sendo o nosso próprio medicamento.

Mudança de hábitos, de pensamentos, enfrentamento e dos medos, agindo racionalmente quando os sintomas e sensações nos atingem, certamente é o melhor e mais acertado remédio que possa existir. Com a vantagem da cura definitiva.

Não nos esqueçamos: "o remédio remedia". 

Em nosso caso, a cura só virá com a nossa mudança e forma de encarar essa "doença".

O que cura medo é a coragem.

Alguém se habilita a seguir esse tratamento?

Pensemos nisso.

Cláudio.



terça-feira, 7 de novembro de 2023

SINAIS DA CURA


Quando a cura começa a dar seus primeiros sinais no corpo, percebemos que sintomas e sensações vão se tornando menos frequentes.

O processo é lento porque até que admitamos a origem e os gatilhos que desencadeiam tudo, demanda um certo tempo.

Existem aqueles casos, que infelizmente, ainda são a maioria, de pessoas que insistem na busca de doenças no corpo, o que infelizmente também, joga ainda mais,  o indivíduo no círculo da doença psicológica da qual é portador.

Enfim, tudo começa na mudança de pensamentos e atitudes, que via de regra, são os desencadeadores de tudo.

Crendo nisto, e colocando em prática os enfrentamentos dos medos e mudanças dos pensamentos e hábitos negativos, aos poucos, se notará o distanciamento entre uma crise e outra, até que, as mesmas se tornem muito raras ou se extinguem de vez.

O grande obstáculo está em nossa teimosia em não admitirmos a doença psicológica que temos, e, insistirmos em atitudes e pensamentos que servem sim, de gatilhos para que as coisas piorem e nos mantenham cada vez mais no "fundo do posso".

Quando aceitarmos que tudo que sentimos está diretamente ligado ao que pensamos e como agimos, aí sim, estaremos dando um passo certeiro para a cura.

Agora, uma coisa é certa, a cura não virá assim, como num passe de mágica. Precisará muita força de vontade e crer que tudo começou em nós, e será em nós que deverá terminar.

Dependerá do esforço de cada um.

 A Lei do Menor Esforço não cabe em nosso caso.

Quem realmente quer a cura, lute por isso. Ficar esperando milagres é coisa de quem quer viver de braços dados com a doença.

Pensem nisso.

Cláudio

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

MUDANÇA DE RUMO


Como me curar se só penso e falo em doenças?

Como me equilibrar se só vivo em função do medo?

Como convencer os outros de que tenho um desarranjo no corpo se a medicina afirma que está tudo bem comigo?

Como querer compreensão da família se eu mesmo não quero ou não busco entender o que se passa comigo?

Como querer ajuda alheia, se me nego em aceitar opiniões que não sejam iguais as minhas?

Porque vivo buscando doenças mas desacredito nos diagnósticos médicos?

Nossas atitudes, pensamentos e o que falamos dizem muito do somos e sentimos.

Por trás dessas nossas atitudes de negação, geralmente trazemos escondidos desequilíbrios de ordem psicológicos que precisam ser reconhecidos, admitidos e tratados.

Afinal do que e porque fugimos? O que tememos?

O que esconde esse medo irracional, sem fundamento lógico?

Porque essa teimosia minha em fazer valer somente a minha opinião? Pois nem a medicina me convence de que sou saudável do corpo?

Porque essa rebeldia de me fechar em mim mesmo em não aceitar a intromissão de familiares ou pessoas próximas, quando, paradoxalmente, vivo pedindo ajuda de estranhos nas redes sociais?

Para essas e muitas outras perguntas, devemos buscar as respostas.

Uma coisa é certa.

A cura e o equilíbrio só virão quando mudarmos de rumo. Dando uma guinada radical em nossa forma de levar a vida.

Pensemos nisso.

Paz e Luz

Cláudio

quinta-feira, 24 de agosto de 2023



 

substantivo feminino

confiança absoluta (em alguém ou em algo).


Eis o significado de fé no dicionário.

Baseado nisso devemos nos perguntar:

Será que tenho realmente fé?

No decorrer do nosso distúrbio é muito comum afirmarmos: tenho fé que logo logo terei a cura. Ou ainda: tenho fé que Deus me curará.

Será que tenho tanta fé assim?

Existe um paradoxo nessa afirmação contraditória.

Ora, ora. Como acredito na cura, se desconfio e não aceito os diagnósticos médicos. 

Afinal, curar de que? Se na maioria das vezes os exames não detectam doenças no corpo? Mas infelizmente não acreditamos na ciência.

Quando o desespero bate, enviamos nossas reclamações a amigos e parentes, a fim de mitigar as nossas dores. Contudo, não aceitamos os conselhos e dicas que nos dão.

No ápice do sofrimento, como último recurso, lançamos nossas rogativas aos céus, buscando desesperadamente o socorro Divino. Ainda assim, não cremos no amparo dos Santos, dos Anjos e de Deus, e continuamos a desfraldar o nosso rol de lamentações.

Mas enfim, em que e em quem acreditamos? 

Duvidamos da ciência. Não aceitamos a opinião de quem nos ama e o pior descremos da ajuda de Deus.

A quem recorrer então? 

Já nos fizemos essa pergunta?

Como buscar a cura se, só vale a verdade que criamos? Se nem em Deus confiamos?

É muito comum falarmos: "Ninguém me entende. Só quem tem essa doença é que sabe o que a gente  passa."

Mas como? Se não aceitamos nenhuma opinião diferente da nossa?

A Fé pode ser Divina e Humana. Mas, passar a vida acreditando numa verdade que nós próprios criamos, sem aceitar outra que não seja a nossa. É um grande erro.

Pensemos nisso.

Cláudio

terça-feira, 22 de agosto de 2023

QUANDO O MEDO DA MORTE NOS IMPEDE DE VIVER

 


Somente a auto observação, seguida pela coragem, será capaz de nos mover do estado psicológico que nós mesmos criamos.

O ato da auto análise, sem coitadismos ou sentimento de culpa, será capaz de nos levar a conclusão que tudo começa em nós.

Nossos atos, pensamentos e modos de falar nos tornam escravos da doença psicológica da qual somos portadores.

Criamos um mundo fictício nosso e dos que compartilham os mesmos medos, dores e sensações.

Não admitimos nenhum tipo de pessoa que pensa diferente de nós. Nem médico que contraria nossa opinião de "doente" será bem vindo ao nosso convívio.

Passamos a conviver num "grupo fechado", onde só entra quem como nós está "doente".

Ali, buscamos alento e confirmação para nossas dores e sofrimento.

Nenhum intruso, que não aceite a nossa situação de doente será bem vindo.

 Assim, vamos buscando alguém que, como nós, sofre todo tipo de "doença terminal". 

Aliás, doenças essas, nunca confirmadas pela ciência ou medicina.

Assim vamos "sobrevivendo". Sim. Esse é o termo correto: SOBREVIVENDO.

Afinal, não se pode considerar como vida, a situação do indivíduo que amanhece falando em doença e morte, passa o dia e vai dormir com esse pensamento fixo.

É bom que nos façamos as seguintes indagações:

Que vida é essa? Que prazer  tenho "vivendo" assim? Que momentos alegres eu tenho?

Bastaria pequenas atitudes e mudanças de postura para se reverter a situação.

Mas como? 

Se nos enclausuramos em nós mesmos?

Se criamos as  nossas próprias verdades?

Se acreditamos somente em quem partilha da nossa opinião? 

Talvez aí esteja a causa do crescente número de pessoas portadoras de distúrbios da mente.

"Quem vive pensando na morte. Morre sem ter vivido."

Pensemos nisso.

Cláudio



 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

"RETROALIMENTAÇÃO"

Chega num estado do distúrbio psicológico, que a pessoa perde totalmente o controle sobre si.

Talvez esse estágio seja o ápice do agravamento da "doença".

 Seria o fundo do poço.

Não se tem mais domínio racional de suas atitudes e pensamentos.

Como autômatos, guiados pelos pensamentos negativos e pelos medos,

suas atitudes agora, fogem totalmente do factível, do ponderável e do racional.

Atingem nesse estágio, o cume das dependências.

Precisam da opinião dos outros para fazerem as refeições, pois o medo de sofrer um mal súbito durante o repasto é muito comum.

O simples fato de pegar no sono, torna-se um martírio. O medo de morrer durante o repouso, torna-se um tormento, e as noites insones se acumulam com frequência.

Paradoxalmente, insistem na afirmativa de que têm uma doença física.

Muitos, contudo, marcam consultas mas não vão. Outros, evitam buscar os resultados de exames, temendo descobrir uma doença.

Porém, estranhamente, alucinadamente, entram em contato com outras pessoas, contando seus sintomas, dores e sofrimento, na expectativa de que seus interlocutores refrigerem suas mentes e corações, afirmando não se tratar de doença, etc, etc, etc.

Esse processo de retroalimentação, esperando o "feedback" dos outros, torna-se uma prática constante, sem que o indivíduo se dê conta de que tal atitude, só faz lhe empurrar ainda mais para o distúrbio mental que o acomete.

Passará a vida assim. A menos que num esforço hercúleo busque entender e aceitar a desarranjo psicológico que lhe aflige, e, num último impulso busque a solução, mudando o jeito de agir, de falar e de encarar tudo.

Não é fácil. Mas tem como mudar. Basta querer e agir.

Paz e Luz.

Cláudio







domingo, 30 de julho de 2023

MEDO PRA QUE?

Em se tratando do medo, é muito comum as pessoas pararem suas vidas alegando que por medo paralisaram suas vidas.

Deixam de fazer inúmeras coisas acreditando que algo ruim vai lhes acontecer.

Então. Bastaria um cadinho de pensamento racional para termos a certeza de que:

Não será o medo que nos livrará da doença.

Não será o medo que nos tirará as dores.

Não será o medo que vai evitar os sintomas e sensações.

Enfim, não será o medo que nos afastará da morte.

Contrariamente ao que pensamos, o medo agrava tudo de ruim em nós.

É o medo que potencializa as nossas doenças.

É o medo impulsionado pelos nossos pensamentos incontroláveis, que tem, sim, o poder de nos deixar doentes.

É ele, o medo, o causador das maiorias das dores que sentimos, pois é nele que nosso psicológico encontra meios de somatizarmos todas as sensações e sintomas, imaginando doenças que não temos.

A morte é uma realidade que nenhum de nós pode negar. Mas o medo não será capaz de livrar-nos dessa fatalidade.

O que devemos fazer é viver o hoje, sem sofrermos pelo passado e nem nos agastarmos pelo futuro. O dito popular com muita propriedade já ensina: "O futuro a Deus Pertence".

Não será o medo que nos afastará das dificuldades, muito pelo contrário, nos criará inúmeras outras.

Então medo pra que?

Paz e Luz

Cláudio

 


quarta-feira, 24 de maio de 2023

AS APARÊNCIAS ENGANAM

 

Nem tudo é de fato o que parece ser ou o que você acha que é.

Madson N.J

Se a dor no peito vem, não quer dizer que eu esteja infartando.

Se a dor de cabeça acontece, isso por si só não caracteriza um aneurisma.

Se a tontura aparecer de repente, isso não significa que pode ser um AVC.

Se a dor no estômago nos incomoda, não quer dizer que seja uma úlcera.

Enfim. Para o ansioso, a doença está mais na sua mente do que no seu corpo.

Portanto, a cura sempre esteve, está e estará na forma que encaramos tudo isso.

Uma coisa é certa. Quanto mais focarmos nos sintomas, em doenças, em tristezas e em coisas negativas, continuaremos sentido de tudo um pouco.

Engana-se quem pensa que a nossa mente destrambelhada não seja capaz de nos trazer essa enormidade de sensações e dores.

A resistência em admitir o poder de nossa mente, para o bem e para o mal, para a saúde e para a doença, é um grande obstáculo para quem passa pela vida sofrendo sem buscar a origem real do que está sentido.

A teimosia em buscar doenças imaginárias, apesar da medicina sempre nos dizer que temos um corpo saudável, é o preço caríssimo que pagamos por não acreditarmos na ciência e não buscarmos outras alternativas.

Uma coisa é certa. 

NEM TUDO É O QUE PARECE SER.

Reflitamos.

Cláudio




quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

MUDANÇAS QUE CURAM

 


A maior dificuldade que todo portador de Síndrome de Pânico tem, sem sombra de dúvidas, é saber lidar e controlar o medo.

Geralmente, os medos têm suas origens nos pensamentos intrusivos, negativos e doentios.

Basta um pensamento desalinhado para que o medo se instale. Daí por diante entramos naquele ciclo interminável de sintomas, sensações que vão, certamente, culminar numa crise avassaladora.

Quando esta situação se instala, com episódios frequentes, a pessoa passa a ficar refém do Distúrbio Psicológico em questão.

Nada e nem ninguém consegue convencê-la de que se trata de um desequilíbrio da mente, originado pelos pensamentos e comportamentos desordenados. Nem os médicos, aos quais insistemente se busca uma doente no corpo, são capazes de tirar da criatura esses pensamentos desastrosos.

Confirmada a disfunção da mente, a orientação do profissional de saúde é que busquemos auxílio junto a especialistas da área psiquiátrica e psicológica.

Nessa fase, acredita-se que o problema será solucionado, uma vez que a origem do problema foi detectada e que logo logo  o equilíbrio virá e a vida seguirá seu curso normal.

Infelizmente a expectativa não é confirmada pela realidade. Pois muito raramente o indivíduo admite a doença psicológica da qual é acometido, e, quando admite, não segue corretamente o tratamento.

Talvez aí esteja a grande dificuldade de encontrarmos pessoas que realmente se curaram.

Muitas delas, se deixam levar pelos pensamentos e medos, mergulhando num processo interminável, levando-a a situações degradantes.

Mostrar a essas pessoas que estão, estiveram e sempre estarão nelas a solução dessas questões, torna-se uma missão praticamente impossível. 

Fazê-las entender que a cura dependerá delas e que, bastará que, aos poucos, vá mudando suas posturas, seus pensamentos e forma de lidar com tudo que envolve a "doença".

As dependências que se criam de coisas e pessoas, mantêm cada vez mais, esses indivíduos,  mergulhados no distúrbio, sem perspectiva de melhora.

Portanto, a autoconscientização de que está no "doente" a responsabilidade de seu equilíbrio, e que, o equilíbrio dependerá da mudança de postura, consequentemente, a mudança de postura está diretamente ligada a nossa forma de pensar, agir e falar, é que paulatinamente, trará de volta a paz, a tranquilidade e a harmonia tão esperada.

Uma coisa é certa. Ficar esperando que milagres aconteçam. Que a cura venha como num passe de mágica, é se auto iludir e continuar num mundo utópico, fantasioso e fora da realidade .

Uma verdade que poucos admitem. Quem quer cura, busque-a de todas as formas. Quem quer que as coisas mudem. Procurem mudar em si a forma de encarar e lidar com esse Distúrbio da Mente.

Tudo é uma questão de escolha. Cada um fará a sua.

Pensem nisso.

Cláudio.


 


 



sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

SEM PALAVRAS



É muito difícil quando alguém nos procura pedindo ajuda e não temos mais nada a falar.

Digo falar, porque fazer, ninguém pode fazer por nós.

Não há maldade e nem desinteresse em quem se "nega" a ajudar um portador de distúrbio psicológico.

Aquela pessoa que já há algum tempo convive com qualquer distúrbio da mente, sabe muito bem, e se não sabe ainda, deveria buscar conhecimento de que, todos os tratamentos a que ela se submeter, é importante. Mas, se ela não se convencer de que sem a vontade, perseverança e insistência dela, pouco ou quase nada a ajudará.

O indivíduo precisa querer sair das situações dolorosas, angustiantes e sofríveis que todos nós passamos.

Precisa esforçar-se e ter o mínimo de entendimento de que a melhora ou piora de tudo que se sente, está diretamente relacionado com o seu comportamento.

São neles, nos comportamentos, onde está o grande causador do nosso desequilíbrio.

Atitudes e pensamentos racionais, vão nos dando, aos poucos, o equilíbrio que tanto buscamos.

Portanto, declinar teimosamente sintomas, medos e sensações, já é reconhecidamente um gesto que só vai nos jogar ainda mais dentro do desespero e piorar ainda mais o nosso quadro que já é preocupante.

O automatismo de aferir pressão e batimentos cardíacos, chamar as equipes de socorro médico ou sair às pressas em busca de um posto de atendimento, são condutas que não vão ajudar em nada, e na verdade, na maioria dos casos, piora mais a situação.

Acreditar na medicina, eis o principal fator que nos levará a cura. 

É bem sabido que somos assíduos frequentadores de consultórios médicos, prontos socorros, laboratórios e farmácias.

Via de regra, na grande maioria das vezes, recebemos o diagnóstico de que não temos nenhuma doença no corpo.

A partir daí é que deveríamos mudar nossa conduta com relação a nossa "doença".

Mas, infelizmente, poucos de nós entendemos assim.

Voltamos àquele círculo interminável de atitudes e pensamentos negativos e doentios, que, certamente gerará todos aqueles sintomas e sensações intermináveis.

Assim a vida passará sem que a pessoa perceba ou não queira perceber que tudo dependerá dela, se realmente busca a cura de verdade.

Pensemos sobre isso.

Cĺáudio